Testes Psicológicos: como me preparar para eles?
- Baobá Desenvolvimento Humano e Organizacional
- 5 de jul. de 2021
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de ago. de 2021
No texto anterior falamos sobre avaliações psicológicas e apresentamos um passo a passo de como se preparar para uma entrevista de sucesso. A seguir, traremos uma breve explicação sobre os famigerados testes.

Os testes psicológicos muitas vezes são aplicados em conjunto às entrevistas. E saiba que se no seu processo de avaliação/seleção você for submetido a um (ou alguns), é uma psicóloga(o) que aplicará. É comum as pessoas se sentirem intimidadas porque não é algo que estão acostumadas a fazer. Alguns podem parecer estranhos de tão abstratos que são, de forma que a reação inicial de quem não os conhece é pensar: querem ver o que há de errado em mim!
Mas, calma, não é bem assim. Os testes possuem tipos diversos e finalidades específicas (falaremos sobre isso no futuro, em outro texto). Mas, em resumo, eles são utilizados como subsídio de informações sobre sua personalidade, características e capacidades cognitivas. Porém, apesar de ótimos para confirmar as percepções do entrevistador, eles não podem ser utilizados para determinar definitivamente quem você é. Todavia, em muitos casos, funcionam como critério para desempate entre candidatos. Então, veja essas dicas para se dar bem nos testes.
Mas cabe um lembrete: eles são sigilosos, portanto, não podemos ser específicos nas orientações. Se o fizéssemos, além de sabotar e desvalorizar nossa profissão, estaríamos direcionando suas respostas, o que não refletiria na sua verdadeira personalidade. Tendo isto em mente, veja as dicas que separamos abaixo.
1 – Tenha uma noite de sono suficiente e se alimente bem;
Tente dormir um pouco mais cedo na noite anterior e tenha uma alimentação balanceada antes dos testes. Alguns deles exigem bastante atenção e concentração, que podem ser comprometidas caso você não esteja em boa forma.
2 – Procure obedecer as instruções do avaliador;
Os testes foram construídos através de grandes amostras de pessoas realizando eles, seguindo determinadas instruções. Se você fugir daquilo que está sendo orientado a você, algumas situações podem acontecer: provavelmente seu resultado será diferente do esperado; demonstrará que não sabe seguir ordens; poderá soar como desatento às instruções, entre outras.
3 – Caso o teste possua alguma instrução de aplicação, leia com atenção;
O avaliador(a) pode esquecer de passar alguma informação, ou se equivocar de alguma forma. Para evitar qualquer problema, sempre leia as instruções do teste antes de começar (se ele possuir instruções escritas, claro).
4 – Tire qualquer dúvida que tenha antes que o teste inicie;
Perguntar não vai soar que você é incapaz ou desatento, pelo contrário, significa que você quer se certificar de realizá-lo da forma correta. Não comece o teste antes de sanar qualquer dúvida, porque você não poderá interromper o teste e é possível que não possa repeti-lo.
5 – Não ‘treine’ os testes em sites, apostilas, etc;
Muitos profissionais agem de má-fé e ensinam como ‘passar’ nos testes. O que você pode não saber é que, na realidade, fazendo isto você estará se sabotando! Como disse na introdução, os testes são ferramentas para complementar uma análise. Logo, o entrevistador provavelmente perceberá uma inconsistência entre os resultados observados nele e nas outras etapas do processo. Lembre que o resultado vai refletir quem você é. Não caia nessa pegadinha.
6 - Não tente fazê-los ‘como um conhecido orientou’ que fizesse;
Como os resultados são individuais, evite saber como ‘fulano’ ou ‘ciclano’, que passaram em alguma avaliação, realizaram determinado teste. Isto, inclusive, é algo bem comum acontecer isso na avaliação psicológica para carteira nacional de habilitação (CNH). Se fizer assim, você vai terminar sendo influenciado e pode ter uma surpresa negativa quando chegar a hora do resultado.
7 – Caso o teste seja composto de perguntas, tente ser o mais sincero possível com seus sentimentos;
O teste deve refletir sua personalidade. Então, não pense que suas respostas devem atender ao que o avaliador deseja observar, ou então aquilo que você acredita que seja a resposta ideal. A palavra-chave aqui é: transparência.
8 – Se estiver mal, avise ao avaliador;
Pode acontecer que você não esteja em um bom dia por um motivo um pouco mais sério. É o caso de doenças, situações de família delicadas, traumas recentes, etc. Se o avaliador(a) não conseguir perceber isso pelo seu semblante, informe a ele(a) e veja se há possibilidade de realizar em outro dia. Em testes cognitivos o seu resultado pode sair alterado porque sua atenção estará focada no problema que está enfrentando, ou ainda sua habilidade motora esteja prejudicada. Já nos testes de personalidade, elementos negativos podem aflorar desta situação e se mostrar mais evidentes no resultado dos testes. Seja qual for a situação, ele não vai revelar quem você é no dia a dia.
Peça um Feedback
Caso você não seja selecionado, não tenha vergonha em solicitar um feedback. É através dele que você saberá o motivo de não ter ficado em alguma oportunidade e, assim, poderá investir em melhorias para as próximas seleções.
Essas dicas podem parecer simples, mas acreditem, já entrevistei muitos candidatos que, por falta de instrução, perderam a oportunidade de fazerem ótimas seleções e não evoluíram para etapas posteriores.
Deixe aqui embaixo suas dúvidas ou comentários. Que outras dicas que não mencionamos você considera importantes?
Obrigado pela leitura!
A.
Luiz Felipe Spencer
Analista de RH - Baobá
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